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 31 MAI 2022

Por que feira de bioenergia em Sertãozinho, SP, deve chamar atenção de estrangeiros

Rodadas internacionais podem gerar R$ 1 bilhão na Fenasucro 2022, estima arranjo produtivo. Evento confirmado para agosto voltará a ser realizado presencialmente após três anos de espera.

Depois de três anos de espera, Sertãozinho (SP) deve voltar a realizar a Fenasucro & Agrocana, considerada uma das maiores feiras de bioenergia do mundo.

Marcada para acontecer entre 16 e 19 agosto, o evento tem a expectativa de receber 42 mil visitantes do Brasil e do exterior e espera movimentar R$ 5 bilhões em negócios.

Segundo projeções de dirigentes ligados à organização, os empresários do exterior podem responder por até R$ 1 bilhão, o equivalente a 20% do montante total.

A seguir, entenda nos tópicos abaixo por que a cidade deve atrair a atenção internacional e que tipo de tecnologia os visitantes procuram no interior de São Paulo.

 
  1. Qual é o volume de negócios internacionais esperado para a feira?
  2. 2.Quais são os países interessados na tecnologia brasileira?
  3. Que novidades os estrangeiros procuram?
  4. O que incentiva estrangeiros a comprar em Sertãozinho?

1.Qual é o volume de negócios internacionais esperado para a feira?

As rodadas internacionais previstas para a 28ª edição da feira podem movimentar recursos acima da casa de R$ 1 bilhão, estima Flavio Castelar, diretor do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), uma das entidades responsáveis pela relação com os visitantes internacionais na feira.

Segundo Castelar, o interesse de um grupo em construir uma nova usina sucroenergética no continente africano e as atuais taxas de câmbio favorecem os negócios das indústrias brasileiras com o exterior. Por questões de confidencialidade, ele não pode adiantar qual é o país interessado.

 "Existe uma expectativa grande. É projeto novo, green field, faz tempo que a gente não vê, então existe essa possibilidade. Caso isso se concretize, a expectativa ultrapassa os 200 milhões de dólares, caso não se concretize, a expectativa nossa é de 50 a 90 milhões de dólares", diz.

2.Quais são os países interessados na tecnologia brasileira?

Entre os mais de 42 mil visitantes, são esperados representantes de ao menos 15 países. Segundo Castelar, as nações da América Latina devem ter a maior representatividade por conta da facilidade logística.

Por outro lado, ele também espera a participação de compradores de países da África e da Ásia, entre eles Índia.

"Já temos convidados do México, da América Central - Guatemala e Nicarágua. Acredito que a gente feche com alguém da Costa Rica também. Estamos trabalhando com Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia", cita.

3.Que novidades os estrangeiros procuram?

Segundo o representante do Apla, quem vem de fora do país está interessado em adquirir tecnologias relacionadas a toda a cadeia produtiva de açúcar, etanol e bioenergia.

Castelar menciona máquinas como tratores, colhedeiras de cana, moendas, caldeiras e turbinas como pontos de demanda dos estrangeiros, além do grupo do continente africano interessado em construir uma usina inteira usando, em grande parte, os lançamentos brasileiros.

"Eles buscam diversas tecnologias, desde a produção de etanol até um simples hidrolisador de bagaço", diz.

4.O que incentiva estrangeiros a comprar em Sertãozinho?

De acordo com Flávio Castelar, a atual taxa cambial, se mantida acima de R$ 4,80, favorece os negócios internacionais, embora a volatilidade do real seja um obstáculo à competitividade ao fazer com as indústrias nacionais adotem margens de segurança nos preços para amenizar eventuais prejuízos.

"A gente sempre diz que o cambio estável é o melhor que tem. O câmbio está favorável à exportação. A gente tem um câmbio acima de R$ 4,80, R$ 5,00, a gente fica mais competitivo. O problema é a volatilidade que o câmbio tem. Quando você planeja vender o equipamento que você vai levar oito meses para entregar esse cambio pode variar aqui no Brasil, por incrível que pareça, entre 20 e 30%", analisa.

Além da questão cambial, os estrangeiros têm à disposição linhas de crédito de instituições financeiras públicos e privados.

No Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), segundo Castelar, é uma das principais fontes de fomento a que recorrem os compradores internacionais.

Fora do país, as rodadas internacionais devem firmar parcerias com grupos como o Banco Africano de Desenvolvimento (AFDB) e, na iniciativa privada, grandes instituições como o Standard Bank, para oferecer taxas de juros diferentes das brasileiras e prazos compatíveis com o volume de investimentos necessário.

"A gente tem essas parcerias onde a gente constrói o financiamento não com um banco só, mas às vezes com dois ou três agentes financeiros que vão financiar ou a compra do rquipamento ou mesmo a construção de um projeto novo."

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