CEISE Br
09 OUT 2023
CEISE Br participa de encontro sobre tendências do setor sucroenergético promovido pelo banco Citi Brasil
Ao participar de encontro anual promovido pelo banco Citi Brasil, realizado na quinta-feira (5), no Espaço Golf, em Ribeirão Preto-SP, a presidente do CEISE Br, Rosana Amadeu, avaliou como boas as perspectivas do cenário apresentado durante o encontro, que reuniu alguns dos principais tomadores de decisão da indústria sucroenergética.
Em sua 17ª edição, o Encontro Anual de Açúcar e Álcool realizado pelo Citi teve como tema as tendências nacionais e internacionais do mercado de açúcar e álcool, com ênfase no combustível sustentável de aviação (SAF) e oportunidades para o etanol brasileiro.
O Citi Commercial Bank atende grandes empresas com receita anual de até US$ 3 bi e atende, dentro do Citi Brasil, a maior parte das empresas brasileiras do agronegócio. O CCB possui escritórios distribuídos nos principais centros estratégicos do país, cobrindo, aproximadamente, 90% do PIB brasileiro.
O evento contou com os painéis “Tendência do Mercado Nacional e Internacional de Açúcar e Álcool”, apresentado pelo CEO da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, e “SAF: Combustível de Aviação Sustentável (SAF) e Oportunidade para o Etanol brasileiro”, que reuniu Francis Queen, VP Executivo de etanol, açúcar e energia da Raízen, que falou como a empresa se tornou a 1ª produtora de etanol do mundo a obter selo para SAF; Roberto Chaves, VP de suprimentos da Embraer, que falou sobre a adaptação dos aviões para operar com SAF e a meta da própria Embraer de ter todos seus voos de transporte, de aeronaves até clientes, abastecidos com SAF até 2040, e Ligia Sato, gerente de sustentabilidade da LATAM Airlines Brasil, que falou sobre quais os benefícios para empresa com o SAF sendo produzido no Brasil.
Para André Cury, Head do Citi Commercial Bank (CCB) para a América Latina, o mercado sucroenergético brasileiro já é uma potência. “E há, no horizonte, a possibilidade de voos ainda mais altos. Com relação ao SAF, a expectativa também é positiva, com possibilidade de o etanol suprir a demanda. A conjuntura é favorável a curto prazo e a médio e longo prazo tem potencial bem significativo”, disse.
Segundo Cury, “o agro responde, em média, por 20% de nossa carteira, e a tendência é que ele vá ganhando mais espaço. Reforçamos nossa disposição em apoiar um setor tão relevante para o Citi, para a economia brasileira e para metas globais de ESG”, disse.
Segundo o presidente da DATAGRO Consultoria, Plínio Nastari, para chegar a esses números, as novas tecnologias na produção de cana terão papel fundamental. “Temos novas tecnologias entrando. A semente de cana, por exemplo, que o CTC – Centro de Tecnologia Canavieira – vai disponibilizar, de forma comercial, em 2025, vai trazer uma revolução nesse mercado, com a redução do custo do plantio e o aumento de produtividade”.
Nastari destacou, também, o aproveitamento de CO2 biogênico; o uso de etanol para SAF, um mercado com potencial para 449 milhões de litros; etanol para navegação marítima; maior uso de etanol 2G, pellets de bagaço e expansão da produção de etileno a partir do etanol.
Para a presidente do CEISE Br, o encontro deixou bem claro o potencial do setor sucroenergético, diante da demanda global pela descarbonização do planeta. “As nossas indústrias precisam estar preparadas para se capitalizar e investir em inovação e tecnologia, para que possamos atender às futuras demandas do setor”, disse Rosana.