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 23 AGO 2023

Frente parlamentar une deputados e senadores em defesa do etanol

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A nova Frente conta inicialmente com a participação de 192 deputados federais e 11 senadores

Como já havia sido antecipado pelo CEISE Br, foi lançada na manhã desta quarta-feira (23), em Brasília, a Frente Parlamentar em Defesa do Etanol formada por 192 deputados e 11 senadores.

O evento reuniu no auditório do Congresso Nacional da Agricultura (CNA) representantes do parlamento, empresários do setor bioenergético e sindicatos de usinas de vários estados. O CEISE Br foi representado no encontro pelo seu gerente executivo, Paulo Garefa, que em julho deste ano, durante encontro com o deputado José Vitor Rezende (PL/MG), responsável pela coordenação da Frente, antecipou a sua formação e conversou sobre os desafios e participação ativa do setor na transição energética do país.

A nova Frente Parlamentar do Etanol terá como desafio ampliar as vantagens do biocombustível como fonte de energia limpa e benéfica ao meio ambiente, valorizando um produto

nacional que reduz em até 90% as emissões de CO2 em relação à gasolina. Além disso, vale lembrar que o setor gera mais de 2,1 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos em toda a cadeia de produção.

“Temos que contribuir com a questão tributária do etanol. É preciso garantir um diferencial tributário que reconheça o valor do setor. E também é preciso somar isso com o RenovaBio e com os programas de biocombustíveis. Aí sim, vamos atingir nosso objetivo de tornar o Brasil líder na transição energética e no biocombustível”, disse o deputado federal José Vitor.

Para a presidente do CEISE Br, Rosana Amadeu da Silva, a nova Frente Parlamentar eleva o patamar do etanol, na busca de políticas públicas que assegurem o seu protagonismo entre os biocombustíveis renováveis. “É sem dúvida um passo importante para impulsionar o etanol nesse período de transição energética”, destacou Rosana.

“O Parlamento brasileiro dá mais uma demonstração de seu compromisso com a agenda ambiental, iniciada em 2017 com o RenovaBio, o maior programa de descarbonização do mundo, que já evitou a emissão de 100 milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera”, disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi.

Hoje, 80% da frota brasileira de veículos leves é composta por veículos flex, cujas vendas alcançaram a casa dos 40 milhões de unidades ao longo dos últimos 20 anos. Já as motocicletas flex acumulam mais de 7 milhões de unidades vendidas desde 2009 e, hoje, correspondem a 40% da frota nacional sobre duas rodas.

Ao longo de quase 40 anos de uso de etanol na mobilidade brasileira, houve uma economia de 2,5 bilhões de barris equivalentes de petróleo. A preços de hoje, isso equivale a mais de 200 bilhões de dólares.

Para Mário Campos, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, que passa a se chamar Bioenergia Brasil, a partir de hoje (23/08), o setor tem uma importância muito grande no desenvolvimento regional, na geração de emprego e renda no interior do Brasil. “O Censo de 2022 mostra como a população está indo para o interior do Brasil. O setor, como um dos representantes dessa vocação nacional para o agronegócio, tem uma importância muito grande no desenvolvimento das regiões”, disse Campos.

Representando o Ministério de Minas e Energia (MME) no lançamento da Frente Parlamentar do Etanol, o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, defendeu que é preciso combinar políticas públicas para atingir a transição energética e que o programa Combustível do Futuro está inserido neste contexto.

"‘O Combustível do Futuro’ tem como premissa promover ações para descarbonizar os diferentes modais de transportes. Quando falamos de veículos leves, que toca mais o setor de etanol, teremos a primeira legislação do mundo de avaliação da mobilidade sustentável de baixo carbono do poço à roda, que leva em consideração a etapa de geração de energia. Hoje, a gente olha do tanque à roda, ou seja, depois que a energia chegou ali. E o grande benefício da bioenergia é justamente na etapa da plantação, da captura de carbono que é feita pela planta. A solução é muito mais sustentável aqui e pode ser replicada em outros países com a utilização de biocombustíveis", reforçou o secretário.

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